A MORADA DO ARCO-íRIS
A história do maior tesouro das Américas
A lenda e o pergaminho - No tempo em que era menino em São Carlos (SC), José Hauser, através do depoimento de um indígena, tomou conhecimento da lenda. Mais tarde, por informação de Antônio de Matos, seu amigo na juventude, inteirou-se do roteiro jesuítico. O pergaminho, subtraído dos porões do Vaticano, relata a existência de um enorme objeto misterioso e brilhante guardado nos subterrâneos do quadrado feito por quarenta marcos de pedra-ferro em Volta Grande, à margem do canyon do rio Uruguai, no município de Caxambu do Sul (SC).
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O pergaminho dos Jesuítas |
O roteiro jesuítico, mais preciso que a lenda indígena, rezava que:
“... na margem do Gôio-En (assim era conhecido o rio Uruguai),
no cerro do Gato Preto,
existe uma sanga seca,
por nome de Sanga Sangaço.
Na sua cabeceira existe uma lagoazinha.
A 54 passos à mão esquerda desta pequena lagoa
estão 40 marcos de pedra-ferro
fincadas no chão puro.
Debaixo dos 40 marcos de pedra
existe 30 cm de tabatinga
socado com mão de pilão de pedra.
Debaixo, há uma lousa
da altura de um homem
e, abaixo dela, uma tina,
cheia de barras de ouro
e cravada em diamantes…”
No roteiro jesuítico percebe-se claramente a referência a um objeto redondo (tina), de imenso valor (cheia de barras de ouro) e muito luminosa (cravada em diamantes). É importante ter em mente que os jesuítas apenas registraram informações que os guaranis lhes passaram através da sua tradição oral.
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A estrutura de pedra-ferro |
Escavando o passado – Os derrames de basalto originados da cristalização do magma vulcânico são comuns na região Sul do país. Ao se resfriar, o magma forma marcos de pedra-ferro de três a oito lados, sendo mais encontrado o hexagonal. Espalhados por imensas regiões do mundo, existem derrames basálticos que chamam a atenção por suas formas geométricas. Como exemplo, pode-se citar o rochedo vulcânico de Mallias, perto de Saint-Jean-le-Noir, na França, e a Calçada dos Gigantes, na Irlanda. Muitas civilizações desconhecidas usaram as colunas de basalto para levantar estranhos templos e palácios, como é o caso das ruínas de Nan Madol, na ilha de Temuen, nas Carolinas.
Vejamos o que nos informa o escritor Erich von Däniken durante sua visita a tais estruturas nos Mares do Sul: “As ruínas de Nan Madol existem desde tempos remotíssimos. No entanto, a época da origem dessas obras pré-históricas está para ser datada e, da mesma forma, continuam incógnitos aqueles que as levantaram.
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Nan Madol, citado por Erich Von Däniken |
“A pesquisa alega que essas colunas são feitas de basalto de lava enrijecida. Achei estranha tal interpretação ao verificar que a lava enrijeceu exatamente em elementos geometricamente sextavados e oitavados, sob medida, todos apresentando comprimento uniforme. Como, de fato, no litoral norte de Ponape foi extraído basalto para colunas, prontifico-me até a deixar passar tal explicação simplista da lava enrijecida, sob medida, aceitando a hipótese de que esse material de construção, de primeira qualidade, tenha sido lavrado e trabalhado no local”
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O escritor, indo ao encontro de um grande mistério em Volta Grande |
Em Volta Grande, a descoberta não foi diferente da de Nan Madol, pois as estruturas eram construídas com pedra-ferro lavrada, na sua maioria, pentagonal. Para atiçar ainda mais nossa curiosidade e espanto, encontramos peças de cristal lapidadas em forma de “T”, dentro de vasos de cerâmica guarani, conhecidas como tambetás e utilizadas para guardar restos mortais ou objetos considerados sagrados. Essas peças (T) são conhecidas como tembetás, geralmente feitas de madeira, osso, resina e até cristal, porém sua utilidade ainda é desconhecida pelos pesquisadores. Uma peça me chamou a atenção pela sua perfeição; nenhum nativo teria humanamente condições de lapidar o cristal de pedra para que fique com a textura de uma pele de ser humano, de tão perfeita no seu acabamento.
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A estranha água verde |
Na propriedade de Fistarol ainda pode ser encontrado o valo aberto por Ibanhes e sua equipe. O local está coberto por mato, mas dele ainda escorre uma água de um tom verde, semelhante à que forçou à paralisação das escavações. As paredes da estrutura também assustam. Marcos com mais de quatro metros de altura, soldados com uma estranha massa, podem ser nitidamente vistos. A estrutura lembra uma escada de degraus muito altos ou a base de uma das faces da suposta pirâmide, que estaria enterrada no chamado Cerro do Gato Preto e ainda guardaria os segredos dos antigos moradores.
Ibanhes não conseguiu, com máquinas e dinamite, desvendar os segredos do local, mas chegou a encontrar urnas de cerâmica, em meio a uma plantação próxima. Dentro dessas urnas estaria um cristal, em forma de "T", um dos principais tesouros já encontrados no Penedo. Ele também não conseguiu comprovar, ou pelo menos não relatou isso em seu livro, se a taipa de pedra chega a atravessar o rio Uruguai, em direção do Rio Grande do Sul. Limita-se a informar o que soube de moradores, que diziam, na época, que quando o rio estava com o nível abaixo do normal, era possível atravessá-lo usando a taipa. Ele também fala da lenda de um morador da região, que tentou desvendar os segredos existentes na beira do rio e acabou surpreendido pelo levante das águas - uma espécie de maldição, que também teria atingido os escavadores que trabalharam abaixo dos quarenta marcos de pedra.” In Jornal Expresso d´Oeste: “Os mistérios de Caxambu do Sul – Realidade ou Ficção?”, de 15.08.2003.
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Tembetá |
Em Volta Grande, os construtores do quadrado de pedras confeccionaram e usaram tembetás de cristal. Mas qual sua utilidade? Imagina-se que, por serem de cristal, serviam como um minúsculo armazém de informações ou de irradiação de mensagens para lugares distantes, pois uma das propriedades do cristal é a de ampliar as vibrações energéticas e sensoriais. A menina Verônica Galindo, ao acariciar o tembetá de cristal que eu havia encontrado, simplesmente desmaiou.
O motorista Nelson Adão Lopes Osmar, ainda é vivo e trabalha com taxi na rodoviária em Sidrolândia (MS). Até hoje lembra emocionado aquela inusitada experiência.
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Guerino Machado, homem simples,conta sua inusitada experiência |
Outros relatos de estranhas aparições surgiram e foram registrados; como o caso de um cavalo branco que voa pelo céu, uma mulher que aparece em certas ocasiões e recebeu o apelido folclórico de “A Noiva”. Bolas de fogo, popularmente conhecidas como “mãe-do-ouro”, que surgem do chão e vão iluminando a mata em direção ao quadrado de pedras, para depois mergulhar e desaparecer nele, como se ali fosse a sua guarida.
Porém, o mais estranho (e trágico) acontecimento se deu na manhã do dia 25 de outubro de 1989, ao darmos início às escavações. A escavadeira limpava a área onde aparecia o terceiro degrau de uma escadaria em frente ao imenso portal quando, de repente, meu sócio, o empresário Jairo Guerini levou a mão à cabeça como se tivesse recebido uma forte pancada. No mesmo instante fui tomado por uma sensação de grande perigo, como se daquele local fosse se irradiar um intenso calor capaz de derreter a própria máquina. O Jairo me fez um sinal confuso para que conversássemos na entrada do valo e no local, aos gritos, informou-me que iria abandonar os trabalhos de escavação. Ele estava muito perturbado e não conseguia controlar o pavor de que fora tomado. Tive que afastá-lo imediatamente da área. Pouco tempo depois ele morreria queimado dentro do próprio carro que capotou e pegou fogo, na rodovia BR-060, de Campo Grande a Sidrolândia. O calor intenso que eu pressentira teria sido um presságio da tragédia que iria ocorrer? E de onde nos teria sido enviada essa terrível mensagem? Não seria talvez, para mim, o prenúncio do atentado a bomba que iria sofrer em maio de 2006, quando o calor do incêndio quase nos consumiu?
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O Portal de Pedras |
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O escritor junto a uma múnia egípcia na sede da Amorc. |