INTRODUÇÃO
O povo de Deus está deixando a caverna para governar, a fim
de trazer alegria a toda a terra. Sabemos que por muito tempo o diabo, chamado
de enganador nas Escrituras Sagradas, vem tentado enganar o povo de Deus com
discurso repleto de sofismas (dar aparência de verdade), do tipo: “Crentes não
devem estrar na política, senão se corrompem!”. Todos os sofismas têm caído por
terra nos últimos anos para Glória daquele que É. Um exemplo é um discurso
hipócrita que queria roubar a cidadania dos cristãos dizendo que “política é
coisa do diabo”, e que todo crente na política se corrompe. Ou seja, o diabo estava
dizendo para os crentes: “Cuidem de suas igrejas e deixem a cidade comigo”.
Graças a Deus os cristãos estão despertando para o fato de
que somos dos céus, mas não deixamos de ser cidadãos da Terra. E de que tivemos
grandes homens de Deus na política. José, do Egito; Daniel, na Babilônia;
Ester, e muitos outros.
A própria Bíblia nos diz que a política nasce da fé, pois
Deus disse a Abraão: “De ti sairão reis, príncipes e governantes” Gênesis
17.6. Quem não gosta de governantes terá dificuldade de aceitar Jesus quando
Ele retornar como Rei dos reis e Senhor dos senhores. E pelo que eu saiba, um
rei é um governante. Além disso, a palavra política fala de administração
pública e Deus disse que seremos reis e senhores sobre a Terra. Então, nosso
destino é governar sobre a Terra. Agora, a Bíblia diz que quando o justo governa,
o povo se alegra; quando o governador é ímpio, o povo suspira de tristeza.
Por quê?
Porque o verdadeiro justo será, no governo, voz dos que não
tem voz. “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se
acham em desolação” Provérbios 31.8. Esse foi o conselho da mãe de Lemuel ao
dizer para ele que devia governar com sabedoria e abrir a boca no meio das
autoridades.
Martin Luther King disse que lhe incomodava mais o silêncio
dos bons que os gritos dos maus. A omissão na política é a pior coisa; omissão
é falta de amor. Muitas vezes votamos em alguém porque sorri muito, ou porque é
simpático, ou porque é parente ou amigo, ou porque nos favoreceu, e nos
esquecemos de buscarmos saber como é o seu caráter e qual é a real intenção
dele ao chegar ao poder.
Mas, por que a Bíblia diz que quando o justo governa, o povo
se alegra? Porque o verdadeiro justo será na política o governador de todos! Um
governo não é levantado para governar somente para alguns, mas para todos.
Quando alguém governa para um público específico tenderá a ser desleal com os
demais. Um governo justo não pode governar somente uma classe ou duas por
estratificação (camada) social. Ele tem que governar para todos: religiosos,
ateus, brancos e negros, ricos e pobres, eruditos e incultos, sábios e simples,
enfim, todos indistintamente devem estar sob a boa administração política de um
governo e de um legislador justo.
Deus é assim ao governar o Universo.
A Bíblia diz que Ele faz cair a chuva sobre os justos e os
injustos, e faz nascer o sol sobre os bons e os maus. Ora, se Deus que odeia o
pecado e governa para todos; aquele que o serve e está no governo, também deve
governar para todos. O povo de Deus, no passado, sofreu porque levantou um
governante que não conhecia José. José é uma tipologia de Jesus. Assim, um
governante que não conhece a Jesus, tenderá a ser desleal para com o povo e
trazer muitas vezes sofrimentos aos que estão sob sua autoridade. E aqui vale
dizer que por “conhecer Jesus” não me refiro ao simples fato de ser cristão, mas
sim em viver os princípios de Jesus, de amor e solidariedade ao próximo. Creio
que chegou o tempo da equidade e da justiça! E o governo do justo virá para
trazer menos dor e mais alegria! A decisão é sua para mudar a História do nosso
País!
Apóstolo Arcélio Luis
Ministério Colheita Internacional
POLÍTICA NO BRASIL
SISTEMA E MAZELAS
Joãozinho começou perguntando:
— O que é política, professor?
O dicionário Aurélio explica: “é a arte de governar o povo”.
No sistema democrático, praticado no Brasil, o cidadão participa, com seus deveres
e direitos de cidadania, diretamente das decisões políticas, através do voto
que elege o político. A política nasceu com o homem, com a busca do poder, para
o bem ou para o mal, e de domínio sobre os outros, e o próprio Deus que criou
todas as coisas a praticou muitas vezes para orientar o povo escolhido. Lemos
na Bíblia que o Senhor, Deus dos Exércitos, destituía e empossava os reis de
Israel e lhes dava missões políticas, seja como tratar o povo ou como se
defender dos inimigos.
Portanto, a boa política é uma obra social de Deus. O
próprio Jesus disse, quando questionado sobre os tributos: “Daí a César o que é
de César, e a Deus o que é de Deus”; portanto, temos que nos atentar também às
coisas públicas. De fato, Jesus está determinando que se paguem os tributos
devidos a César, e que não se sonegue. Quantos cristãos não estão sonegando,
achando que isso nada tem a ver com a santidade que buscamos em nome do Senhor.
Mais para frente, vamos voltar a esse assunto, dos impostos, para que se
perceba o quão é importante esse dinheiro recolhido do povo.
“Não gosto da política”...
Muita gente diz: “Não gosto da política”, e não sabe que o
seu desinteresse pela política é que torna a sua vida, e a dos seus parentes e
amigos, cada vez mais difícil. Política, não é questão de gostar ou não, é
questão de sobrevivência e de uma vida digna para cada ser humano e para as
famílias.
Você come para quê?
Para não morrer de fome, não é mesmo?
Assim é a política, temos que comer dela, queira ou não, e
tomar cuidado com certos pratos que podem nos fazer muito mal, até nos matar,
como a venda de votos.
Muitas vezes, as pessoas, quando questionadas pelo vizinho,
pelo parente, pelo irmão ou irmã, pelo pastor, dizem que não gostam de
política, para esconder que não a entendem simplesmente; é mais fácil mostrar
desprezo do que admitir ignorância. Tornou-se uma artimanha dos poderosos, para
desestimular a concorrência na política, incutir no povo o desgosto pela
política. É por isso que os meios de comunicação falam tanto de corrupção
generalizada; para que o povo crie nojo.
“O Analfabeto Político” de Bertold Brecht diz:
“O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve,
não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo
de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do
remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que
se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil
que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o
pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e
lacaio das empresas nacionais e multinacionais.” Berthold Brecht foi um
destacado pensador, entre outras coisas, do século XX.
Existem outras pessoas que dizem: “Todos os políticos são
iguais”. Não é verdade, assim como nem todos os pastores são iguais. Como em
qualquer grupo humano, existem os bem e os mal intencionados. No entanto, é
preciso entender que o poder e o dinheiro na mão, muitas vezes, mudam as
pessoas. Além do que, o sistema que sustenta a política, infelizmente,
predispõe à corrupção, isto é, se o político novato não entrar no esquema, não
consegue fazer quase nada pelo povo e será levado à aniquilação e inércia
política.
Então, surge a pergunta: como os bons sobrevivem?
Com muito sacrifício, desprendimento e contato contínuo com
o povo. Tem que sempre buscar a coisa certa, e assim as pessoas vão, cada vez
mais, confiando neles. No entanto, é bom lembrar que, como os bons políticos
desagradam os corruptos e poderosos, estes tentarão de todas as formas difamá-los.
Há pouco tempo, tivemos um exemplo; um grupo de promotores a serviço dos ricos
e corruptos, engendraram uma falsa denúncia contra um ex-governador; na época,
todo mundo acreditou nos promotores, mas o tempo provou que eles agiram de
má-fé, e o ex-governador entrou com uma ação de indenização por dano moral e
agora esses promotores estão em maus lençóis, pois o ex-governador ganhou a
ação.
Agora, um entendimento para nós, cristãos, de máxima
importância.
“Política é coisa do diabo...”. Não é, não, não é mesmo.
É muito comum ouvir de um crente que a política é coisa do
mundo, até demoníaca. Nada mais errado, pois é nossa obrigação, como cidadão
cristão, é ajudar a governar com sabedoria e honestidade, a fim melhorar o
mundo para todos. Essa ideia, de que a política é coisa do diabo, foi colocada
na cabeça de muitos fiéis por alguns espertalhões, raposas travestidas de
ovelhas, para assim manipular melhor seus interesses políticos nas igrejas.
Pastor que prega isso, é pastor de bodes.
Portanto, é obrigação de todo cristão conhecer, discutir, e fazer
escolhas políticas as mais corretas; e o exemplo disso é o próprio Senhor
Jesus. Quando Ele esteve neste mundo, todos seus ensinamentos e ações foram
políticas sociais para aplicação no mundo, e eminentemente de orientação
comunista. Ele andava no meio do povo, pregando seus ensinamentos, realizando
milagres, e assim se opunha ao poder dominante dos reis, dos sumos sacerdotes e
das castas mais privilegiadas de Israel; e, por isso, os desagradou
profundamente. Chegou ao ponto de expulsar, com uma chibata na mão, os que
transformaram o átrio do templo em balcão de corrupção. Tudo isso lhe valeu o
ódio e a sentença de morte. Jesus não esteve no mundo, praticando o socialismo
para ser coroado como Rei (Ele já era Rei), mas para nos mostrar o caminho. Disse
Jesus: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
” João 14:06. E, para que tenhamos vida em abundância, é preciso que tenhamos
a boa política, e para merecer a boa política, é preciso lutar por ela todos os
dias.
Ele praticava uma política de amor a todos, pois estava
revestida de uma missão fraterna. Seria bom se os políticos se espelhassem
minimamente em Jesus para exercer seus mandatos, com muito amor ao próximo. É
verdade que um governante não deve governar só para os ricos ou só para os
pobres, mas, é bom lembrar, que o rico tem mais condições de se defender das
dificuldades e de obter sucesso, através de melhores oportunidades. O pobre,
porém, precisa de formação adequada, de estímulo e de oportunidade para uma
vida digna. Portanto, a boa política é aquela que está mais voltada para as
camadas mais necessitadas da sociedade.
DOIS PROJETOS POLÍTICOS
CAPITALISMO SELVAGEM E
SOCIALISMO ANÊMICO
"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" Romanos 12:02
"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" Romanos 12:02
— No Brasil, quais são os projetos políticos que se
apresentam? - Quis saber mais a Mariazinha.
Primeiro vamos entender como se divide a sociedade
brasileira, considerando a questão sócio/econômico, que vale no mundo de hoje,
de ontem e de sempre. Ela deveria estar dividida em pessoas do bem e as do mal,
mas não é assim.
De fato, ela está dividida em ricos: classe média, alta e
elite: empresários, ruralistas, banqueiros etc, e em pobres: classe média e
baixa: desempregados, trabalhadores em geral, favelados, povos indígenas e minorias
excluídas etc. Portanto, os projetos políticos brasileiros se estruturam em
cima dessas duas camadas sociais. Em alguns países existem ainda governos
teocráticos, isto é, onde a religião é o sistema político, como o Islã. Não é o
caso do Brasil, onde se vive constitucionalmente a liberdade religiosa; no
entanto, temos percebido uma influência nefasta das religiões sobre o desempenho
dos governos; antes, dos católicos, e agora, dos evangélicos. Nefasto, porque
essa influência não se traduz em amor ao próximo, mas em corrupção, violência e
discriminação.
Antes de tratarmos dos dois projetos políticos, tema desta
cartilha, precisamos definir algumas palavras importantes na nossa discussão:
Constituição Federal, cidadão, cidadania, partido político, programa político
ou ideológico, governo e orçamento público.
O que é Constituição Federal? – Pergunta Laurinha.
A Constituição Federal, também conhecida como Carta Magna, é
o conjunto de leis fundamentais que organiza e rege o funcionamento social
e político de um país. É considerada a lei máxima e obrigatória entre todos os
cidadãos, servindo como garantia dos seus direitos e deveres. A Constituição
Federal Brasileira de 1988 é a atual legislação do país, criada por uma
Assembleia Constituinte e promulgada oficialmente em 5 de outubro de 1988.
O que é cidadão?
Somos todos nós, brasileiros, independente de raça, religião e orientação sexual.
Somos todos nós, brasileiros, independente de raça, religião e orientação sexual.
O que é
cidadania? – Emenda o Joaquim, curioso, pois já ouvira um tio universitário
pronunciar várias vezes essa palavrinha. Cidadania é o exercício dos direitos e
deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição de um país.
E, partido
político, é o quê?
Partido político é uma associação, legalmente constituído, com base em formas voluntárias de participação num grupo orientado para influenciar ou ocupar o poder político com seu programa de governo.
Partido político é uma associação, legalmente constituído, com base em formas voluntárias de participação num grupo orientado para influenciar ou ocupar o poder político com seu programa de governo.
Projeto
político é aquele programinha chato veiculado na televisão? Será? – Encafifa o
Mané.
Não, felizmente
não é; aquela coisa chata é uma inserção televisiva de um partido político
justamente para falar um pouco do seu projeto que também tem o nome de
ideologia política de um partido. Ideologia partidária, portanto, é o conjunto
de ideias, pensamentos, doutrinas ou visões de mundo de um determinado partido,
orientando para suas ações sociais e políticas, e que servirá como base para
seu programa de governo ao chegar ao poder.
Governo? Sim, Paulinho. Por governo entende-se a estrutura
administrativa ao qual a Constituição atribui o poder, dado pelo povo através
do voto, de executar seu programa político numa sociedade. Eu diria que o poder
de governo não é privativo do Poder Executivo, mas também do Poder Legislativo
e do Poder Judiciário, que são as três instâncias que constituem o organograma
de poder no Brasil. De fato e de direito, os três governam, cada um na sua
missão constitucional, mas, agora vamos tratar tão-somente do governo do Poder
Executivo. Assim, podemos afirmar que partido político tem projeto, e governo
tem programa.
Por fim, o que é orçamento público? Ufa! Pergunta a Tainá
que já se sente inquieta e confusa com tantas definições. O orçamento público é
todo o dinheiro arrecadado pelo governo e que foi pago pelos cidadãos a título
de impostos, taxas, contribuições etc. Se foi o povo que pagou, esse dinheiro é
do povo, e não é dos governantes, isto é, não é do presidente, do governador e
nem do prefeito. Como no Brasil se cobra muito imposto do povo, o orçamento
representa muito dinheiro, que vai ser administrado por uma pessoa eleita pelo
povo, que podemos chamar aqui de César. O orçamento público, seja federal,
estadual ou municipal, é uma grande bênção que Deus dá ao povo, e que César
deve bem administrar e investir em benefício do povo. Por isso que Jesus
incentivava o cidadão a pagar os impostos, dizendo: “Dai, pois, a César o que é
de César, e a Deus o que é de Deus” Lucas 20:25, pois, sabia que
todos devem contribuir para aumentar a bênção de Deus. É por isso que todos os
cristãos têm de se preocupar de fato com a política, e acompanhar com gosto o
trabalho dos governos e o comportamento dos políticos, pois não podemos
permitir que os ímpios e pecadores corruptos administrem mal a bênção do
Senhor. Afinal, essa bênção é nossa.
Mas, a armadilha do passarinheiro está aí.
Muitos pregadores cristãos corruptos, aliados de políticos
desonestos, tentam convencer os fiéis de que não devem se meter nas questões
políticas, e deixar que o pastor cuide disso. Esse é lobo em pele de cordeiro.
É preciso vigiar sempre.
CAPITALISMO SELVAGEM
CANIBALISMO FINANCEIRO
O projeto político dos ricos, executado pelos partidos da
direita, também chamados de conservadores, é fazer a classe média e baixa
trabalharem com o menor custo possível, quase escravidão, e pagarem impostos
para sustentar e enriquecer mais ainda os milionários, através de obras
superfaturadas, e esquemas sofisticados, como empréstimos generosos aos
empresários e latifundiários, e que lhes favorecem com mil e umas mordomias e
privilégios. Pregam o Estado mínimo, privatizando o patrimônio público e
transformando-o em empresas a serviço do lucro. Neste projeto, as leis são
manipuladas para que os abastados paguem bem menos impostos, praticamente nada,
e quase inexistem políticas sociais; só quando muito cobrados, dão algumas
migalhas sociais ao povo. Este projeto prioriza obras materiais, pois é quase
sempre dali que saem as polpudas propinas.
O povo de Deus não merece viver de migalhas.
A cor predominante do projeto dos ricos é o azul, e aparecem
também, numa demonstração de falso nacionalismo, outras cores: verde, amarelo e
branco da bandeira nacional, numa estratégia de marketing cruel, pois eles
sequer estão minimamente interessados no Brasil, mas unicamente em seus
próprios lucros e ganhos, estimulados pelos outros países capitalistas,
principalmente os Estados Unidos e a Inglaterra.
Praticamente o Brasil, nesta era da República, sempre foi
governado pelo projeto político dos ricos, por décadas e décadas, e, desta
forma, surgiu a escravidão negra, e, depois, a escravidão dos pobres, que não
tem acesso às faculdades, não tem direito à terra caso queiram sobreviver de
plantios, e a maioria passa fome numa miséria vergonhosa para um país tão rico
como o nosso. Na época das eleições, esse povo pobre, por falta de conhecimento
e premido pelas necessidades, se vende por míseros trinta moedas.
SOCIALISMO ANÊMICO
RAQUITISMO POLÍTICO
O projeto político dos pobres, executado pelos partidos da
esquerda: socialistas, comunistas ou progressistas, é restringir o poder dos
ricos, tocando nas suas fortunas fazendo-os pagar mais impostos, e melhorar a
distribuição de rendas e de oportunidades das classes menos favorecidas. Este
projeto tenta criar leis para que diminuam a carga tributária sobre os pobres,
e que os ricos paguem mais impostos, e estes recursos sejam aplicados em
projetos sociais e estruturais para melhorar a vida principalmente nas
periferias. O Governo que abraça a política dos pobres, como foram e são os
governos de esquerda, combate a corrupção dos ricos, pois é através de esquemas
mafiosos que os ricos ficam cada vez mais poderosos. Vez ou outra, a justiça tem
de combater a corrupção da própria esquerda, pois, sempre haverá ladrão no meio
das pessoas honestas. Este projeto prioriza a vida das pessoas. A cor
predominante é o vermelho, da luta.
Portanto, se você é da classe média ou baixa, não se iluda
com o sorriso e tapinha nas costas e agrados dos ricos. Continue lutando,
porque, acredite, Deus colocou, no “vale dos ossos secos” Ezequiel 37:6,
nervos, veias, órgãos e vida em uma montanha de esqueletos esquálidos e os
transformou em poderoso exército; o Senhor pode transformar uma agremiação
fraca em recursos, e perseguida, num poderoso governo que vai fazer a
diferença.
Mas, nunca esqueça que as elites farão de tudo, até tentarão
dar golpe de Estado, para retomar o poder que lhes foi retirado nas urnas. Isso
já aconteceu por várias vezes no Brasil, e o povo brasileiro, como é um povo
dócil e sem memória, se submete. Em 2015, as bancadas políticas dos ruralistas,
dos maçons e dos falsos evangélicos se uniram para derrubar a Presidenta eleita
democraticamente. Deus, o Senhor dos Exércitos, pode mudar tudo através de um
bom combate, mas Ele precisa de você no campo de batalha.
A SOBERBA DAS ELITES
O PODER POLÍTICO E ECONÔMICO
O grande poder econômico das elites influencia, e muito, nas
eleições, pois ajuda a comprar os votos dos pobres em geral, porque o que conta
nas urnas é a quantidade de votos; assim muitos ricos são eleitos, muitas
vezes até sem sair dos seus gabinetes com ar refrigerado. Por isso, os ricos
são maioria absoluta no Congresso Nacional, que é composto pela Câmara dos
Deputados e pelo Senado. Poucos pobres são eleitos, e muito menos ainda negros
e pardos, ficando o domínio total do parlamento só dos brancos e endinheirados.
Os candidatos pobres, por não terem recursos, apenas, muitas
vezes, munidos só dos seus bons propósitos, poucos são eleitos. Não é só o
dinheiro que serve como instrumento de barganha, mas a dentadura, o tijolo, a
telha, o churrasco, o puchero, e outros agrados; até a fé religiosa hoje está no
páreo, haja vista que muitas igrejas elegem políticos que, muitas vezes,
desconhecem quase que completamente os textos sagrados. Será que os líderes
maiores das igrejas, verdadeiros vendilhões do templo, não estão recebendo em
seus bolsos algum dízimo desproporcional para apresentar o candidato à igreja
de uma maneira muito sutil? Vai saber!
Tudo é negócio, na maior cara de pau.
Um político cristão não é garantia de um bom político, mas
um bom político dará certamente um bom cristão. O cristão que vende o voto, ou
se deixa iludir por falta de conhecimento, comete um dos maiores pecados
perante Deus, pois o corrupto é o que retira o leite das criancinhas, a merenda
das escolas, o remédio dos postos de saúde, o amparo dos idosos e das viúvas
etc. Esse cristão, ignorante ou corrupto, demonstra que não tem amor ao
próximo, como Jesus determinou, e isso pode lhe custar muito caro, inclusive, a
salvação. Os corruptos e seus eleitores vão ter que prestar contas dos seus
votos ao Senhor, e, se condenados, como serão, vão arder no fogo do inferno por
toda a eternidade. Vale a pena eleger o preferido do pastor e perder a sua
alma? Pense seriamente sobre isso. Eleger o candidato honesto é demonstrar amor
ao próximo, pois ele terá a sua disposição um bom tratamento da saúde, terá boa
educação para seus filhos, terá melhoria de vida etc. Jesus, com certeza, vai
abençoar esse voto.
Hoje está aprovado no Congresso um projeto de lei para o financiamento
público e particular das campanhas políticas, a fim de acabar com as doações
escandalosas dos poderosos grupos econômicos que mantém os políticos “laranjas,
comendo em suas mãos”. O argumento dos ricos, para que não fosse aprovada essa
lei saudável é de que, sem o financiamento e doação empresarial, o povo é que
iria pagar o alto custo das campanhas. Mas, Deus decidiu e ela foi aprovada, e,
cabe a cada cristão, fiscalizar a boa aplicação da lei. Denuncie qualquer
doação irregular e toda tentativa de compra de voto.
“Já pagamos tantos impostos” – reclama a burguesia. Ora,
quando, pelo sistema atual, esses poderosos grupos econômicos mandam a conta
para seus políticos “laranjas”, me diga: quem vai pagar a conta? De onde vai sair
o dinheiro para pagar o “generoso” doador? Dos cofres públicos, é claro, e,
tenha certeza, ele receberá multiplicado através da corrupção. O grande esquema
de hoje, apenas como um exemplo, são os contratos para transporte público; na
saúde, é a terceirização no uso das verbas do SUS, e, por aí vai. São esquemas
que pagam a conta às “generosas” empresas. Como, agora, não mais será possível
o financiamento empresarial, o jeito vai ser conseguir dinheiro junto ao crime
organizado, e, para isso, é preciso um tranco de segurança pública nas favelas,
como por exemplo. Além disso há os assaltos aos carros-fortes e a atuação
sistemática do chamado “novo cangaço”, cujas investigações todos já conhecem,
pois ninguém vai preso, muito menos os mandantes.
Como já vimos, a maioria absoluta dos congressistas são
representantes da classe rica, ou elites, como queira, por isso torna-se
complicada a aprovação de uma lei que beneficie a classe média ou os pobres. O
Governo Federal, desde o anterior, petista, e outros governos populares, vem
tentando diminuir as distâncias sociais entre os bacanas e os pés de chinelo,
mas a oposição dos ricos não permite; cada lei que o Governo quer aprovar nesse
sentido, é preciso muita negociação. No Congresso, quando vão aprovar uma medida
impopular, não deixam o povo entrar nas galerias, nem que para isso seja
preciso usar o cassetete, bombas de gás lacrimogêneo etc.
Como exemplo, temos o Código Florestal, que há tempos vinha
se discutindo; como é o pobre que vive da exploração sustentável da natureza:
pesca, castanhas, frutos, óleos aromáticos etc, o rico não aprova o projeto do
Governo para deixar uma boa margem de floresta às margens dos rios ou em
reservas; por eles, desmatavam tudo, acabavam com os rios, transformando-os em pastos para engordar os
bois e plantar soja, pois eles tem dinheiro para comer salmão e caviar todos os
dias e beber água mineral importada da França, durante muitos e muitos séculos
pela frente ainda.
É mole, não?!
Comecei a ter consciência política quando a imprensa dizia
que um certo “sapo barbudo” comunista comia criancinhas. Que maldade! Fui atrás
de descobrir a verdade e ela me libertou; descobri que o barbudo era grande
amigo dos pequeninos e dos pobres. Isso foi apenas um dos fuxicos políticos da
imprensa, que vamos conhecer agora.
QUARTO PODER: MÍDIA E IMPRENSA
ME ENGANA QUE EU GOSTO!
Sabemos que são três os poderes republicanos: Poder
Executivo (Governo Federal, Estadual e Municipal); Poder Legislativo (Câmara
dos Vereadores, dos Deputados, Senado e Congresso Nacional), e o Poder
Judiciário (Tribunais e Ministérios Públicos). Quando a Câmara dos Deputados e
o Senado se reúnem em conjunto, diz-se que está instalado o Congresso Nacional.
O Poder Executivo realiza os projetos do orçamento anual aprovado pelo Poder
Legislativo; o Legislativo cria as leis, que o Poder Judiciário faz cumprir.
Portanto, cada poder tem suas atribuições específicas e tentam viver em
harmonia. Mas, existe um quarto poder, tão poderoso quanto os três juntos: a
mídia e a imprensa, considerados os meios de comunicação que se instalam
através de concessões do governo.
Como a mídia e a grande imprensa estão nas mãos das elites,
isto é, dos ricos, é fácil entender sobre quem eles falarão bem ou mal, seja
durante as campanhas políticas ou durante os períodos dos governos. Elas podem
lhe passar informações incorretas, manipuladas, que você vai acreditar plenamente;
são os hoje conhecidos como “fake news” mentirosos.
Aliás, os meios de comunicação privados atendem a interesses
dos grandes grupos econômicos e não estão preocupados com a ética ou a
veracidade da notícia. Passam notícias de tragédias, mortes, acidentes
violentos, tentando criar na sociedade um sentimento de angústia generalizada,
que irá levá-la ao consumo no seu desatino, mais e mais, além de desenvolver um
sentimento de desânimo e subjugação. Atentam também contra o caráter dos bons
políticos e destroem suas reputações.
Os meios de comunicação públicos estão sempre mais
interessados em fornecer aos cidadãos notícias fundamentadas na veracidade dos
fatos e na ética, e procura os educar nos princípios da cidadania. Por isso,
quando a direita está no poder, não permite o funcionamento pleno da mídia e da
imprensa pública, pois se sentem ameaçados por elas.
Como exemplo do poder dos meios de comunicação privada
podemos citar, sem desmerecer os outros nas suas artimanhas, a do “plim! plim!”;
ela faz a cabeça de muitas e muitas pessoas, há muito tempo, seja sutilmente
através das novelas, programas infantis ou jornais nacionais, e pode derrubar
um candidato dos pobres num piscar de olhos, como já aconteceu em 1989, quando
o caçador de marajás derrotou o candidato dos pobres.
Isso sem falar na desestruturação das famílias, em que o
grupo do “olho mágico maçônico” vem investindo desde que uma certa loira dos
baixinhos começou a incentivar o rebolado das criancinhas. Nós, quanto
cristãos, o que temos feito para barrar essa ação nefanda e ímpia? Nada? Está na
hora de descruzar os braços e boicotar as novelas e os noticiários mentirosos,
que tal?
É ruim, hein?! – Exclama a plebe, viciada nas novelas.
Que tal prestigiar mais as tevês públicas, como a TV Brasil,
que mantém uma grade cultural e social da mais alta relevância, em tempos de
governo popular. E, mesmo em tempos de governos dos ricos, ela tenta se manter
independente, como é o caso de agora, com esse governo golpista.
Muitos espertalhões estão pegando carona nas mídias,
principalmente a internet, capturando os anseios ou ojerizas dos cidadãos,
para, manipulando-os sorrateiramente, jogá-los contra os governos,
principalmente o federal, que é um governo que deveria estar voltado aos
interesses do povo e não aos ganhos das elites. Para vergonha geral, um desses
espertalhões saiu das fileiras do nosso glorioso Exército.
Vale citar, como exemplo, uma notícia mentirosa e manipulada
que há tempos recebi, dizendo que uma criminosa que ajudou a matar os pais,
teria se convertido e se tornara pastora evangélica, e que arrumou um bom
emprego no governo federal de esquerda. Uma enorme mentira, pois ela continua
onde deveria estar: na cadeia, mesmo que seja no semiaberto. Portanto, muito
cuidado com as mensagens mentirosas que, todos os dias, algumas centrais, “bunkers”
dos “fake news” a desserviço do Brasil, enviam aos internautas.
Pense em tudo isso, meu irmão e minha irmã, e não se deixe
enganar, pois os filhotes dos passarinheiros chegam, no meio das manifestações,
muitas delas com imagens manipuladas pela mídia golpista e mentirosa, de
máscaras e bombas caseiras para armar a baderna, que é o fruto do mal.
Quer se manifestar? É seu direito.
Quer vandalizar? Não é seu direito.
Quer participar de boas mudanças?
Comece e participe de uma campanha de abaixo-assinados, que
será encaminhada para se transformar em lei, com o propósito de diminuir pela
metade os altos salários dos políticos e das outras autoridades, principalmente
os dos membros do Judiciário, que é uma imoralidade. Com a metade conquistada
nessa campanha vai dar para se garantir o passe livre, os benefícios da previdência
e muitas outras reivindicações da população mais pobre.
Enquanto não se mexer no bolso dos bacanas, eles estão se
lixando para o que o povo diz, como já declarou um deputado federal da “direitona”
braba.
Só um governo de esquerda, fortemente apoiado pelo povo,
teria poder e condições parlamentares para realizar tal proeza neste país onde
rico nunca pagou imposto.
ESTRUTURA DOS PARTIDOS
A POLÍTICA É CRUEL E ENGANOSA
Antes de qualquer juízo, é preciso entender que, como em
qualquer associação humana, existem os bons e os maus. Nem os apóstolos de
Jesus escaparam dessa regra. No entanto, é sempre bom lembrar a assertiva do
Senhor sobre o camelo passar pelo buraco da agulha e a impossibilidade de o rico
passar pelas portas dos Céus.
Qual das passagens é mais fácil?
Na política se praticam todos os tipos de trapaças,
rasteiras, infidelidades etc. É, por isso, que muita gente se enoja dos
políticos, e é exatamente isso que eles querem, pois enquanto as pessoas se
enojam, não vão mexer com eles, muito menos se preocupar com o que estão
fazendo. O asfalto colocado hoje, se esfarela amanhã; a casa popular já é
entregue com rachaduras e a distribuição dos imóveis não obedece a critérios
democráticos; é melhor dar camisetas, livros e cadernos superfaturados aos
alunos da rede pública do que investir na capacitação e melhoria dos
profissionais da educação, pois um povo educado adquire consciência política e
não cai fácil nas ciladas dos passarinheiros políticos.
Cuidado, tem partido que tenta até aglutinar nas suas
fileiras os ideais cristãos, mas que de cristão não tem nada.
O sistema político é estruturado em partidos, alguns bem
conhecidos, outros nem tanto. Todos os partidos possuem um estatuto que define as
bases e objetivos. Por exemplo, existem partidos capitalistas que representam
os empresários, os patrões, os coronéis, e seus objetivos são de lhes
favorecer, em nome das melhorias e riquezas para o Brasil, por isso falam tanto
no tal do PIB (Produto Interno Bruto). Outros, socialistas e progressistas,
representam os trabalhadores, os excluídos, a luta dos ambientalistas e
minorias etc; estes partidos perseguem a melhoria dos índices do IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano).
Para quem lê os estatutos partidários parecem todos ótimos,
todo mundo quer o bem de todo mundo, é o Paraíso na Terra, mas, a realidade é
bem diferente. Na campanha política, todos estão a favor do povo e pregam
melhorias imediatas na saúde, educação, segurança etc., mas quando chegam ao
poder, principalmente os eleitos das elites, realizam melhorias na saúde
privada, na educação privada e liberam os matadores, muitas vezes fardados,
para liquidar com os pobres, principalmente os negros e pardos.
Os partidos de esquerda, quando chegam ao poder, comumente sofrem
denúncias por corrupção pelos meios de comunicação que estão, no Brasil, nas
mãos de apenas seis famílias milionárias; e, como a maioria dos membros do
Judiciário e do Legislativo é da classe alta, das elites, surgem denúncias em
que os réus primeiramente são linchados politicamente e depois condenados até
sem provas. E, depois de terem seus nomes sujos, não tem como limpá-los, pois, nem
a mídia, nem a imprensa, lhes dá espaço para a devida defesa. Os corruptos
continuam no poder, enquanto os inocentes têm seus nomes difamados e, muitas
vezes, acabam presos imerecidamente. Não caia nesse engodo.
Só por Deus tanta desumanidade!
Existem ainda os partidos de aluguel, de centro como dizem,
normalmente pequenos, que negociam, entre outras coisas, o tempo da tevê para
garantir sua bolada; e assim vão se mantendo. No horário de propaganda política
vira uma salada de siglas que ninguém entende; todos se apresentam com suas
musiquinhas de pura enganação.
O Poder Legislativo aglutina mais dispositivos de poder entre
os três poderes. É ali que estão concentrados os grupos representantes das
empreiteiras, dos ruralistas, dos empresários, dos banqueiros, dos religiosos,
dos trabalhadores etc. Grupos que se elegem a peso de ouro, mas que, para eles,
com raras exceções, não é nada em comparação com o que lhes vão render as
negociatas no Congresso Nacional.
Éita, povo safado!
Por que o Legislativo tem tanto poder?
Porque é ali que se aprovam os projetos de investimentos e o
orçamento, a nossa benção, e onde se fazem as leis que regem os destinos dos
cidadãos e da nação; até o salário-mínimo é ali definido. Agora, imagine um
pouco, para favorecer a quem será que eles fazem as leis? Para os mais pobres e
necessitados? Para garantir a preservação da natureza? É lógico que não. Os
congressistas, sendo a maioria rica, aprovam leis que lhes perdoam as dívidas
públicas e que lhes garanta mais riqueza, empréstimos para as empresas, mais bois
gordos no pasto e o importado na garagem.
Fiat 147, ninguém quer não!
Quando o Governo Federal manda um projeto de lei que
beneficia as camadas mais pobres, é notório o esforço que ele faz para que o
projeto seja aprovado; boa parte dos parlamentares negocia o voto a peso de
ouro. Muita gente ingenuamente acredita que o Presidente da República que
entra, pode mudar as coisas como num passe de mágica ou batendo forte na mesa;
vai quebrar a mão e não vai mudar nada; tudo tem que ser negociado com o
Congresso.
Negociação que não se divulga.
De onde sai o dinheiro?
Dos grupos interessados, os famosos “lobbies”, é claro.
Os trabalhadores, os desafortunados e os excluídos têm pouca
representatividade no Congresso, porque são grupos pobres na maioria; mas, já
foi muito pior, quando só a elite mandava; hoje existem partidos que defendem
os trabalhadores e outros grupos marginalizados; é só prestar atenção que a
gente descobre quem está do lado do povo sofrido.
Graças a Deus!
Mas, cuidado, a imprensa pode distorcer os fatos e nos
convencer de que determinado projeto de lei é prejudicial à sociedade, como foi
o caso da contribuição provisória sobre movimentação financeira (CPMF) que era
destinada à saúde. Primeiro, a imprensa afirmava todos os dias, sem provas, que
o dinheiro arrecadado não ia para a saúde; segundo, que a contribuição penalizava
os trabalhadores e aposentados (estes nem pagavam a contribuição). De tanto
reafirmar essas mentiras, a imprensa fez a cabeça de todo mundo, e os ricos se
livraram de uma incômoda contribuição, que penalizava os endinheirados, em
favor da saúde pública. Quem é que usa cheques de grandes valores? O catador de
papel? Claro que não.
Por isso, é muito importante saber interpretar (é isso mesmo,
interpretar) as notícias, senão você pode comprar gato por lebre. E o Senhor mesmo
disse: “Meu povo perece por falta de conhecimento”. Portanto, converse com seus
amigos e entendidos sobre política e busque mais informações quando estiver em
dúvida; este é o caminho.
O cristão pode orar a Deus pedindo discernimento, ou leia a
Bíblia e veja se a Palavra do Senhor exalta os mais fracos ou os endinheirados.
Mas, não é fácil votar naquele sindicalista, professor, ou funcionário
qualquer, meio molambento, cujo rosto revela as marcas do sofrimento passado, e
que não usa camisa de grife; é mais fácil votar no rico bem cevado, e que,
muitas vezes, se apresenta na igreja ao lado do pastor.
Vamos tratar um pouco agora do Poder Executivo.
A coligação de partidos que ganha a eleição, vai governar o
Estado (União, Estado ou Município). Cada partido irá administrar um ministério,
ou secretaria, conforme sua vocação ou negociação. Mas, vocês já perceberam
como tem políticos que mudam de partido? Saem dos partidos perdedores e se
filiam nos vencedores, e tem até aqueles que, por uma questão de estratégia,
saem do partido vencedor para fundar outros partidos que vão apoiar o vencedor.
Os primeiros, ou vão para espionar o governo, para tumultuá-lo ou sabotá-lo, como
vários casos envolvendo as provas do Enem, a que a indústria do vestibular e as
escolas privadas se opõem sanguinariamente; os segundos, para atrair eleitores
descontentes e assim amanhã garantir apoio ao partido de origem.
Simples, não?
Não, não é nada simples entender tudo isso.
Os políticos são muito espertos, e, muitas vezes, inventam
brigas e dissidências que não existem de fato, mas que tem grande repercussão e
que dão enormes prejuízos ao governo e ao povo. Tudo para inglês ver, ou
melhor, tudo para enrolar os brasileiros mesmo. É assim que, em determinado
momento de um exercício governamental, alguém, do próprio governo, aparece com
um dossiê ou vídeo e todos se alvoroçam para criar uma Comissão Parlamentar de
Inquérito (CPI). Assim surgiu o “mensalão”, pois o corrupto deputado carioca,
cuja filha foi ex-ministra-ex (isso mesmo, foi sem ser do começo ao fim) sem
cadeira e caneta, que fez a denúncia nunca teve perfil de esquerda; colocou nos
Correios seu achegado para levantar uma denúncia, que deu no que deu, e até hoje
as elites mantém a denúncia nos jornais e tevês, quando necessário.
Essa denúncia interessa a quem?
Aos ricos, é claro, pois um governo de esquerda socialista,
que estava dando certo com um torneiro mecânico, incomodava muito. Conseguiram
assim, espichando o processo até onde dava, até ao Superior Tribunal Federal
(Supremo), e a cabeça dos incautos aceitando pelas tevês e jornais as mentiras
repetidas mil vezes, conseguiram desestruturar lideranças que, por anos a fio, haviam
lutado contra a ditadura, muitos até empunhando armas pela redemocratização do Brasil.
Essa foi a paga que receberam: uma injustiça sem tamanho.
Houve irregularidades? Sim, caixa dois que todos os partidos
têm, e que só será extirpado com uma boa reforma política e a severa aplicação
da lei. Será que essa reforma interessa aos ricos do Congresso? E, por que será
que a tal da governabilidade custa tão caro para os governos? É como se você,
em sua própria casa, tivesse que comprar todos os dias o apoio da sua esposa,
ou esposo, filhos, filhas etc.
É pra acabar, não?
NUNCA ANULE SEU VOTO
NÃO ELEJA O CORRUPTO
“Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao
opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas” Isaías 3:4
A pergunta é: com tantos corruptos, em quem votar? Antes de
qualquer coisa é preciso fazer uma reflexão.
O que representa hoje a carreira política para muita gente?
Um excelente meio de enriquecimento; pode ter certeza. Para muitos malandros,
estelionatários, bandidos de colarinho branco, e outros mequetrefes, a política
é um bom negócio, até porque, quando se começa, como vereador, por exemplo,
sempre tem um espertalhão veterano por trás garantindo os votos.
Quantos “laranjas” não são eleitos?!
Então, em quem votar?
Como cristãos, nós podemos definir alguns critérios que irão
formar o perfil do possível candidato. No entanto, aplicar esses critérios dá
trabalho. Mas, vamos aos critérios gerais. Para o povo pobre em geral, votar em
rico é quase que colocar o ímpio para governar: o povo vai gemer, e o que
vendeu o voto também.
Eu não estou preparando esta cartilha para o rico se nortear
na política e nas eleições; ele não precisa, ele é mais esperto que eu e você
juntos; estou falando para o povo da classe média e baixa, que tem certa
dificuldade, ou falta de discernimento, para entender a política.
Procure observar aquele candidato que olha nos olhos e fala
com convicção dos seus projetos, e não fica repetindo jargões comuns, como
“prometo se for eleito”, “preciso do seu apoio” etc. Selecione alguns
candidatos e procure lhes conhecer a vida familiar, empresarial, religiosa etc,
principalmente os antecedentes políticos. O Google é uma boa ferramenta para
pesquisar a vida dessa gente.
É um sujeito de nome limpo? Cuida com dedicação da família?
Frequenta alguma igreja? Tem boa fama? Tem estudo e capacidade suficiente para
entender as coisas públicas?
Ou é aquele candidato que, na frente das pessoas, se faz de
bonzinho, beija criancinhas, abraça todo mundo, compra voto, e, quando chega em
casa, lava as mãos com álcool, toma seus drinques e age como carrasco com a mulher
e os filhos?
Tenho certeza que, se pedir a Deus discernimento, Ele lhe
mostrará o seu candidato; por isso, nunca anule, muito me- nos venda seu voto,
pois ele é o seu cheque de cidadania. É o instrumento de transformação social
que Deus coloca em suas mãos. É através do voto certo que você vai garantir
para você, para a sua família e para sua comunidade a boa aplicação do
orçamento público, que é a bênção do Senhor para o seu povo.
NEPOTISMO INSTITUCIONALIZADO
RAIZ E RAZÃO DA DEPRAVAÇÃO
Não poderíamos tratar das mazelas da política brasileira sem
falar de nepotismo, que é o emprego de parentes em cargos públicos; muitas
vezes parentes sem preparo nenhum, mas que serve para enricar cada vez mais
famílias já abastadas, além das mordomias e benesses que recebem. É uma
vergonha o que acontece entre os três (quatro) poderes, o conluio promíscuo
para colocar, exemplo, o filho, ou filha do juiz como assessor parlamentar, e a
esposa do deputado no gabinete do desembargador, e por aí afora; muitas vezes,
até a sogra ganha um cargo. E o que é pior, a maioria dessa gente nem aparece
para trabalhar; são os tais funcionários “fantasmas”.
Você, cristão, acha que isso agrada a Deus?
Deus amaldiçoa essas práticas.
Tome muito cuidado.
AGORA, O PONTO FINAL
MISERICÓRDIA OU AMÉM?
Muitos desses “políticos”, parlamentares, autoridades,
salafrários de todos os escalões e naipes, estão ao nosso lado nas igrejas,
fazendo caras e bocas na tentativa de se encaixar no papel de uma ovelha fiel e
te enganar. Muitos depois de eleitos desaparecem e nem nos seus gabinetes quer
te receber.
Para esses, faça como Paulo orientou seus mensageiros, que,
na casa onde não os quiserem receber, cuspam na sua soleira e retirem o pó das
suas sandálias na calçada. Eles não querem saber da Palavra, estão ali na
igreja por conta dos votos dos irmãos e irmãs. Portanto, vigiai e orai, porque
o político justo irá levar saúde, educação, segurança, renda para os pobres e
necessitados. Não pode haver maior prova de amor cristão ao próximo do que,
entendendo as artimanhas e ações da política, eleger o justo para governar. Não
há necessidade de muita reforma na política, pois o que precisa mudar é o
coração do homem iníquo e corrupto, de quem Deus não terá compaixão, nem
misericórdia, na hora do Juízo. Político que tem vergonha na cara, isto é, tem
carácter, é um espírito que está sempre na presença do Senhor.
Há no Brasil inúmeras instituições governamentais que nunca
estiveram ao alcance da população ou liberadas para o trabalho e benefício da classe
média ou pobre; sempre estiveram sob o controle do tacão das elites. As
primeiras levas dos profissionais formados através das cotas nas universidades
estão chegando à porta dessas instituições, e o que as elites fazem?
Desencadeiam uma onda de violência sem igual na história do Brasil contra as
minorias, criando uma cortina de fumaça enquanto endurecem as leis e continuam
mamando nas tetas da Pátria amada.
Responda:
Você já viu pobre pilotando um avião supersônico?
Você já viu pobre engenheiro do ITA?
Você já viu pobre pilotando na F-1?
Você já viu desembargador negro?
Procurador-Geral da República negro?
Quantos deputados federais índios você conhece?
Você já viu pobre correndo da polícia porque furtou um
pacote de bolacha para matar a fome? Muitas vezes, não?!
Olha, sem preconceitos e sem generalizar, os sobrenomes das mais
altas autoridades do país; se não for Albuquerque, Gouveia, Robalinho, Piva,
Naves. Veiga etc., será um sobrenome bem estrangeiro, quase sempre alemão ou
italiano. “Da Silva”, na Presidência, foi um acidente de percurso na vida de um
torneiro mecânico e do povo pobre. Mas, lembre-se, sempre haverá exceções;
estas dicas são apenas para reflexão, pois, na vida real, peça entendimento ao
Senhor se permanecer em dúvida.
Quem sabe não seja um anjo enviado pelo Senhor, para lhe
sensibilizar, aquele índio ou mendigo maltrapilho, ou aquele com cara de
presidiário, ou aquela negra cheia de feridas. Quem sabe o Senhor, desta forma,
não queira lhe lembrar de quem são de fato os irmãozinhos e irmãzinhas que não
tiveram a oportunidade de ter uma boa educação, um tratamento de saúde, um
banho sequer, pelo teu descaso político e principalmente porque você tem
vendido o voto aos que roubam ao povo a própria cidadania.
Misericórdia!
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
João 8:32
Copyright©by Movimento de Moralização
e Ética no Trato da Coisa Pública - METRA
O METRA foi fundado em 30.11.1991 e, nos dez anos de
atividades, sob a coordenação-geral do escritor Brígido Ibanhes, desenvolveu
ações de conscientização política e em defesa dos Direitos Humanos e Cidadania.
Através da presença, em todas as manhãs dos sábados, na avenida principal de
Dourados (MS), cooptou mais de 3.000 participantes dispostos a lutar contra a
corrupção política. Foi instalada, em frente ao Tat Lanches, a “Banquinha da
Moralidade”, onde eram distribuídas cartilhas e mensagens; era quando o
escritor e equipe interagiam com a população. Eram promovidos sorteios de
camisetas com a logo do movimento e com a expressão “combate à corrupção”, e
outras eram vendidas para pagamento das cartilhas e dos adesivos de carro. Foi
o primeiro movimento legalizado para combater a corrupção política no país e,
quiçá, no mundo, mas, infelizmente, a grande imprensa nunca deu espaço para a
sua divulgação. O Movimento conseguiu congelar o salário dos parlamentares
municipais, o que valeu um destempero de uma das esposas de vereador que
alegou, em alto e bom tom, que por causa do escritor ela já não adquiria roupas
de marca nas lojas. O Metra também propunha ações judiciais contra as
ilicitudes praticadas por governadores, prefeitos e outros, como foi o caso
quando, nas comemorações do Tetra Campeonato Mundial, o prefeito mandou
dinamitar os alicerces de uma escola em construção, porque ela não servia aos
interesses das elites que moravam ali perto; e, no seu lugar, foi construído um
parque de lazer. O Movimento foi levado pelo escritor às cidades de Chapecó
(SC) e Porto Alegre (RS), e assim acabou gerando outros movimentos paralelos.
Em 2001, no décimo aniversário do METRA, o escritor lançou, em praça pública, o
livro comemorativo intitulado “ÉTICA NA POLÍTICA – entre o sonho e a realidade”.
As ações do Movimento Metra também foram uma das motivações do violento
atentado a bomba incendiária que o escritor, e sua esposa, sofreram na noite de
14 de maio de 2006, cujos autores continuam impunes até hoje. O escritor foi
demitido do Banco do Brasil por perseguição política, após denunciar, como
fiscal, corrupção no agronegócio, e teve livros censurados pela justiça e pelo
poder público. Cristão, de origem católica, foi seminarista na Congregação do
Santíssimo Redentor, e, hoje pratica o evangelismo batista.
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